Comunidade do Triunfo recebe unidade do projeto "102 Casas de Farinha", que vai gerar renda e valorizar a agricultura familiar na região
Governador Binho Marques e autoridades ressaltam importância do empreendimento para a região (Foto: Sérgio Vale/Secom)
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Casa irá produzir farinha e derivados como tapioca e outros alimentos (Foto: Sérgio Vale/Secom)
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Farinha têm higienização da produção garantida para comercialização do produto (Foto: Sérgio Vale/Secom)
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O governador Binho e o senador Tião Viana entregam nesta segunda-feira, 20, a casa de farinha de mandioca do Projeto de Assentamento Triunfo, em Plácido de Castro. A unidade faz parte do programa "102 Casas de Farinhas", financiado pela Fundação Banco do Brasil a partir de articulação do gabinete do senador Tião Viana.
A FBB, o Governo do Acre e a Prefeitura de Plácido de Castro investem R$ 2,4 milhões no projeto, cuja primeira etapa implanta mais seis unidades no Vale do Acre e, na segunda fase, construirá outras três casas que permitem, pelo rigor na higienização da colheita, torragem e embalagem, comercializar produtos de alta qualidade.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Sebrae, além de outras instituições do movimento social, são parceiras no programa. Estiveram presentes o prefeito de Plácido, Paulo Almeida; a presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre), Sebastiana Miranda; o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Nilton Cosson; os deputados estaduais Ney Amorim e Walter Prado; os deputados federais Nilson Mourão e Fernando Melo; autoridades e lideranças políticas comunitárias e religiosas da região.
Pelo menos 20 famílias trabalham diretamente com a casa. Plácido de Castro produz uma média de 18 toneladas de mandioca por hectare e envolve uma importante cadeia produtiva da agricultura familiar na região. "Nossas expectativas são as melhores porque este é o emprego do futuro. A mandioca tem alta produtividade e não tem doenças", disse Madalena Braga, extensionista da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).
Marques e as autoridades destacaram referência ao trabalho do senador Tião Viana, que ao estimular os pequenos empreendimentos projeta importantes impactos na economia comunitária. A perspectiva de produção é de oito toneladas de farinha ao mês com renda de cerca de um salário para cada uma das 25 famílias inicialmente envolvidas no projeto, que busca, acima de tudo, a valorização dos produtos da agricultura familiar e a segurança alimentar com visão econômica organizada. "Enquanto uma fábrica de carros emprega 350 as 102 casas de farinha podem dar trabalho para quatro mil pessoas", disse Tião Viana.
A farinha, de acordo com a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), tem 25% de participação na renda da agricultura familiar. Agricultores e envolvidos na cadeia produtiva participaram dos cursos de Formação Inicial e Continuada em Melhoramento e Beneficiamento da Farinha que os prepararam para a implantação das casas. "Projetos como este têm um poder muito grande para o município", afirmou Paulo Almeida, prefeito de Plácido de Castro.
As unidades começaram a ser inauguradas no ano passado. A região de Rio Branco, Alto e Baixo Acre, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul estão estabelecidos como os maiores pólos de produção nos Vales do Acre, Purus e Juruá.
"Aqui o ideal de justiça se concretiza com muito mais força", diz governador
Para Binho Marques, o Triunfo guarda aspecto simbólico especial para o Acre porque é possível hoje ver a correção de injustiças históricas praticadas na região, abrigo do provável último seringal organizado pelo antigo sistema patronal, onde prevalecia a índole do latifúndio. "Daí a importância deste projeto: todo o ideal de justiça se concretiza com muito mais força". Local de grandes embates contra o velho modelo de patronato, o Triunfo foi palco da luta de Zé Castro, que atuou em defesa dos trabalhadores rurais. Seu filho, Gerson, é hoje líder da comunidade e exaltou o trabalho que vem sendo realizado pelo desenvolvimento do campo. Para ele, o mais importante é agradecer o empenho em levar benefícios para a região.
Empreendimento gera renda e oportunidade para quatro famílias do projeto de assentamento (Foto: Sérgio Vale/Secom)
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Pequeno empreendimento, grande negócio
De acordo com levantamento do professor de economia José Fernandes do Rêgo, uma casa de farinha envolve o trabalho de quatro famílias, empregando diretamente oito pessoas. Dividindo o valor da casa pelo número de trabalhadores têm-se, de acordo com o economista, um dos empregos de menor custo do mercado. Levando-se em conta que uma casa produz cinco sacos de farinha ao dia, a renda mensal bruta da unidade será de R$ 20 mil. Ao se calcular a margem de lucro, em média de 20%, a renda líquida do produtor será R$ 1.000,00. O senador Tião Viana lembrou que enquanto uma indústria de automóveis gera 350 empregos, as 102 casas de farinhas irão abrir pelo menos quatro mil postos de trabalho. Quando implantadas e consolidadas, as 102 casas de farinha irão assegurar cerca de 4.000 postos de trabalho e R$ 150 milhões de movimentação financeira ao ano em sua cadeia de produção desde Assis Brasil a Sena Madureira.
"A casa de farinha tem pertinência econômica, social e cultural", disse Rêgo sobre a importância das casas de farinha no universo socioeconômico e cultural do Acre.
O QUE ELES DISSERAM
| {xtypo_quote}Esta é a mudança de rumo, de comportamento. A casa de farinha representa isto, a mudança iniciada em 1999 com Jorge Viana e que agora tem continuidade com Binho Marques. Walter Prado, deputado estadual {/xtypo_quote} |
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| {xtypo_quote}Um momento como este só acontece porque temos gente bem intencionada no Governo do Estado, na Presidência da República. Ney Amorim, deputado estadual {/xtypo_quote} |
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| {xtypo_quote}Este é um ato muito importante porque acontece aqui, onde viveu Zé Castro, que lutou pela melhoria da condição de vida dos agricultores. Nilson Mourão, deputado federal {/xtypo_quote} |
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| {xtypo_quote} É um projeto altamente significativo para a economia da zona rural. Fernando Melo, deputado federal {/xtypo_quote} |
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