Ciosp recebe mais de dois mil trotes ao mês e direção alerta a população

Considerado peça chave da grande máquina que comanda o Sistema de Segurança Pública do Estado, o Centro Integrado de Operações (Ciosp) recebe, em média, mais de 27 mil chamados por mês. Destes, cerca de dois mil são trotes, além do uso indevido do serviço para outros assuntos.

A maioria dos trotes, segundo a coordenação do Centro, parte de crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 18 anos. As ligações são realizadas nos horários de entrada e saída de colégio. Não há dúvida de que, por questão cultural, as pessoas ainda se divertem passando trotes para a polícia.

As ligações recebem retorno e os operadores explicam a necessidade do uso correto do número discado (190) e dos prejuízos que as brincadeiras causam para a população. Nos casos de reincidência, são tomadas medidas que implicam em penalidades previstas por perturbação ou dificultar o trabalho da polícia, por exemplo.

“Todo e qualquer ligação indevida, seja um trote ou coisas que não são ligadas à atividade emergencial, infelizmente impede o atendimento de forma mais rápida, aquele que realmente precisa. Se nós tivermos um roubo em andamento, por exemplo, e ao mesmo tempo recebermos um trote com uma suposta situação mais emergencial, a polícia vai perder tempo até descobrir que se trata de um trote e deixa de atender uma ocorrência de fato verdadeira”, alerta o coordenador Charles Santos.

“Toda ligação indevida impede o atendimento de forma mais rápida, àquele que realmente precisa”, alerta o coordenador Charles Santos (Fotos: Lilian Camargo/Secom)

Desde que foi implantado em 2002, substituindo o antigo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o Ciosp recebe os atendimentos direcionados ao número 190, considerados prioritários. São chamadas  para o Corpo de Bombeiros, ocorrências da Polícia Militar e Civil, abrindo exceção ainda para atender às demandas direcionadas ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por muitos não lembrarem do número vinculado ao serviço, o 192.

O uso indevido do contato emergencial para pedir orientação ou até conseguir o número de algum órgão público é outro problema para os operadores do serviço.

“Existe algumas demandas que chegam para gente que podem ser resolvidas na delegacia e a população precisa se conscientizar disso, por exemplo: o furto de um objeto. Existem também aquelas demandas de pessoas que ligam para o 190 pedindo o número do disque pizza ou de farmácia, coisa que pode resolver fazendo uma simples busca na internet. Então pedimos a compreensão da população para o bom uso do serviço e evitar passar trote, além de crime atrapalha o serviço de quem realmente precisa. Colabore”, finalizou Santos.

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