Comunidade do bairro Sobral recebe curso de pães e massas especiais

Recém inaugurada pelo governo do Estado, através da secretaria de Pequenos Negócios (Sepn), a panificadora comunitária do bairro Sobral, gerida pela cooperativa Cooperpão, oferta nesta semana curso de massas especiais para seus cooperados e  membros da comunidade.

Ao todo, 20 pessoas recebem a capacitação oferecida pela Sepn em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Acre (Senai).

As aulas são ministradas na própria cooperativa, de 19 a 30 de março. Durante o curso os alunos aprendem novas técnicas de produção de pão francês, manual, doce, semi doce e pão caseiro.

Diante de um cenário comercial competitivo no setor de panificação, o curso é uma proposta de trabalhar novas tendências para garantir a qualidade do produto e assim atender às exigências da clientela.

Curso auxilia na diversificação dos produtos oferecidos pela panificadora (Foto: Ângela Peres/Secom)

“Tenho muito a agradecer ao governo do estado e à Secretaria de Pequenos Negócios por esse apoio, sem eles não seria possível levar a frente esse negócio. Queremos capacitar nossos cooperados e estendemos a oportunidade à comunidade. Esse curso é de pães, mas queremos oferecer outros de salgados e doces também“, disse o presidente da Cooperpão, Oziel Muniz.

Segundo Tarcísio Futerko, instrutor do Senai, o trabalho com massas é considerado simples, a utilização de produtos de qualidade e maquinários industriais é que fazem a diferença e torna mais favoráveis os resultados de produção. “Temos a facilidade de ensinar porque a cooperativa dispõe de maquinário que possibilita trabalhar com vários tipos de massas. Os alunos são bastante dedicados,  já foram capacitados e isso facilita o aprendizado, estamos passando novas tendências de mercado, apresentando formas de deixar o produto mais atrativo. Tenho certeza que daqui sairão excelentes profissionais”, ressalta.

A cooperpão atende a comunidade da região da Baixada e mesmo com pouco tempo em atividade, a demanda diária supera as expectativas e faz com que surjam novas propostas; além de paes e doces, a entrega de pizzas também faz parte do negócio.

Oportunidade de vida

O autônomo Alexandre da Silva Freire é um dos participantes do curso de panificação e faz planos para empreender, a partir da qualificação. “Fiquei sabendo do curso através de amigos e logo fiz minha inscrição, não podia deixar de aproveitar essa oportunidade de fazer o curso gratuitamente. Minha principal intenção é fazer pão caseiro para vender e aumentar a renda de minha família”, planeja.

Outro participante é Demis Prata, que sonha em ser padeiro profissional. “Eu já tinha experiência com panificação, agora Deus tem me dado essa oportunidade de aprender mais um pouco, quero ser padeiro profissional. Pra mim é muito importante esse apoio pra minha vida e de minha família, disse o autônomo Demis Prata.

Izete Rodrigues busca aprimorar o conhecimento e pretende fazer parte da cooperativa         (Foto: Ângela Peres)

Prestes a se aposentar, a servidora pública Izete Rodrigues pretende integrar a cooperativa em breve. “Pra mim o curso é muito importante. Em casa eu faço salgado, bolo só que eu não tinha algumas técnicas que eles ensinam, quero fazer parte da cooperativa e ter uma rendinha extra”, disse.

Investindo no Pequeno

Esse é o terceiro empreendimento de um projeto de inclusão social que já entregou outras duas padarias comunitárias na capital, como resultado de convênio firmado entre os governo estadual e federal, por meio da Sepn e da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho.

O governo já alcançou mais de 25 mil famílias com o Programa de Fomento aos Pequenos Negócios. Desde 2011, já foram destinados mais de R$ 33 milhões para o apoio e incentivo aos pequenos empreendedores. As três padarias fazem parte de um convênio do Estado com o governo federal, ainda na gestão da presidente Dilma Rousseff, num investimento de R$ 1,2 milhão.

A ação é parte da meta da instituição de assegurar oportunidade à população de baixa renda assistida por programas sociais, promovendo também inclusão para aqueles que em algum momento estiveram em conflito com a lei, bem como para os seus familiares.

Como meio de ressocialização, a entrega da panificadora beneficia ex-dependentes químicos e egressos do sistema prisional que já receberam cursos profissionalizantes e outros que ainda passarão por capacitação nos próximos meses.

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