Participação na Cúpula da ONU sobre mudanças climáticas superou expectativas
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O governo do Acre participou no último fim de semana da 17ª edição da Cúpula da ONU sobre Mudança Climática, a COP-17, que aconteceu em Durban, na África do Sul
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O governo do Acre, sempre atento aos debates sobre preservação ambiental, participou no último fim de semana da 17ª edição da Cúpula da ONU sobre Mudança Climática, a COP-17, que aconteceu em Durban, na África do Sul.
A delegação do Acre que foi à conferência era chefiada por Márcia Regina, chefe de gabinete do Estado, e contou ainda com a participação do presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Eufran Amaral; secretário de Floresta, João Paulo Mastrangelo; secretário adjunto da Sedict (Secretaria de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia), Fábio Vaz; Mônica Julissa, técnica do IMC, e Bia Saldanha, assessora de organização para COP.
A participação principal da delegação acreana ocorreu no evento do Florest Day, ocorrido no domingo, 4, organizado pelas principais entidades vinculadas à floresta no mundo. O Florest Day é o maior evento paralelo realizado durante a COP.
Neste ano o Acre foi convidado para falar sobre o trabalho em relação ao desenvolvimento sustentável e o início de execução do programa de serviços ambientais.
O presidente do IMC, Eufran Amaral, ministrou palestra na qual falou sobre os desafios de promover o desenvolvimento com baixo desmatamento na Amazônia, a importância de combater a miséria e promover a segurança alimentar das famílias que vivem na floresta e as oportunidades que podem surgir para o setor privado no modelo de desenvolvimento do Estado.
A palestra do Acre foi uma das mais concorridas e com forte expectativa principalmente para conhecer as diretrizes e bases legais para o programa de serviços ambientais.
Eufran Amaral participou ainda de uma sala de imprensa sobre Desafios do REDD (Créditos de Carbono por Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), organizado pelo GCF (Força Tarefa de Governos para Floresta), organismo de que o Estado faz parte, e possibilitou o acordo entre Acre e Califórnia, entre outras cooperações entre Estados subnacionais.
Nessa sala de imprensa o Acre foi representado por Fábio Vaz. Participaram, além do representante acreano, a presidente da Agência de Recursos do Ar do Estado da Califórnia, Mary Nichols; o presidente da Comissão Estadual de Floresta do Estado de Cross River State Nigéria, Odigha Odigha e Ana Euler, presidente do Instituto de Floresta do Amapá.
Oportunidades de negócios na COP-17
Na segunda-feira, 5, a chefe de gabinete Márcia Regina, acompanhada pelo secretário de Florestas, João Paulo Mastrangelo, participou de um reunião com o diretor executivo Andrew Mitchell, da Global Canopy Programme, que atua na de articulação entre setor de finanças e negócios verdes.
Márcia Regina e João Paulo Mastrangelo fizeram uma explanação sobre os investimentos do Estado em desenvolver e consolidar cadeias produtivas sustentáveis capazes de gerar renda e trabalho para as populações rurais do Acre e diminuir a pressão sobre as florestas.
O secretário enfatizou a implantação de florestas plantadas, com destaque para a meta de plantio de 10 mil hectares de seringa e da fruticultura com dois mil hectares, a produção de proteína animal com destaque para o programa de piscicultura, de criação e abate de porcos e ovelhas como a pecuária verde.
Mastrangelo e Márcia Regina destacaram também a política de Manejo Florestal Empresarial e Comunitária e de Floresta Públicas como os marcos legais para a segurança de investidores. Ao final ficou o compromisso da Global Canopy desenvolver estudos e planos de investimentos nessas cadeias a serem apresentadas a potenciais investidores que possam ver essas ações como oportunidade de investimento e negócios no Acre.
A delegação também teve a oportunidade de conversar com Telma Kurg, negociadora oficial do Brasil para Florestas e Clima na COP 17. Durante a conversa o grupo acreano destacou avanços obtidos nas negociações na ONU durante a COP com destaque para os elementos e conceitos aprovados que contribuem com as ações em desenvolvimento nesta região da Amazônia.
Telma Kurg revelou que acompanha o que está sendo desenvolvido no Acre em relação as política socioambiental por intermédio de Gilvan Meire, físico da Universidade de São Paulo (USP). Meire é colaborador do Acre para estabelecimento de estoque de carbono e definição de linha de base por meio de metodologia desenvolvida pelo físico na vasta experiência obtida pelo presidente do INPE e membro do Brasil na Comissão da ONU para o Clima.
Eufran Amaral definiu em reunião com o Stefan Agne, diretor geral de Ação para o Clima do Programa de Finanças para Clima e Desflorestamento da União Europeia, um conjunto de diretrizes para a cooperação técnica e financeira entre Acre e União Europeia para apoio e promoção do desenvolvimento sustentável do Estado com destaque para a abertura de comércio para os produtos desenvolvidos na região.
A última participação do Acre foi durante a Conferência de Imprensa do Ipam (Instituto de Pesquisa da Amazônia) sobre os estudos realizados no Estado sobre custo de oportunidade de negócios sustentáveis e dimensão de estoque de carbono no Estado.
