Dia Nacional de Combate ao Fumo

Atividades serão realizadas nesta sexta, 29, no hall do Palácio das Secretarias

As secretarias estadual e municipal de Saúde, juntamente com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), realizam ações comemorativas alusivas ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, com o tema "Ambientes 100% livres de fumo: um direito de todos". As atividades acontecem no hall do Palácio das Secretarias, das 8 às 12 horas, e têm como objetivo alertar a população para os males da exposição de não-fumantes à fumaça do cigarro. 

O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de tabaco do mundo. A dependência econômica do setor tabagista torna mais complexa qualquer estratégia de intervenção. Atento a isso, o governo brasileiro implantou o Programa Nacional de Controle do Tabagismo com ações educativas, legislativas e econômicas em todas as cidades brasileiras, por meio das secretarias municipais e estaduais de Saúde.

Segundo Edilândio de Souza Damasceno, enfermeiro responsável pela área técnica municipal de controle do tabagismo, o Acre e seus municípios trabalham juntos para alcançar a meta do Ministério da Saúde, que é criar os ambientes 100% livres do tabaco. Entre as estratégias preconizadas para o controle do tabagismo, destacam-se o monitoramento do padrão de consumo do tabaco e a proporção de fumantes e ex-fumantes a partir de estudos populacionais periódicos. 

"O cigarro é o responsável por mais de cinco milhões de mortes no mundo. No Brasil, isso representa quase cinco mil por ano. Por isso, estamos juntos trabalhando para conscientizar as pessoas sobre os malefícios do cigarro, pois não existe uma dependência química que não prejudique a saúde. No caso do tabagismo e do álcool, a situação é mais grave, pois são dependências aceitas no meio social", enfatizou Edilândio.

O tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. As orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulam que lugares públicos e ambientes de trabalho sejam 100% livres de fumaça do tabaco. Essas diretrizes devem ser adotadas pelo Brasil e e mais países para a ratificação do tratado internacional da OMS que pretende acabar com a expansão do tabagismo pelo mundo.

Antes visto como um estilo de vida, o tabagismo hoje é reconhecido como uma dependência química que expõe os indivíduos a substâncias tóxicas, devendo ser encarado como uma pandemia responsável por cerca de cinco milhões de mortes por ano, em todo o mundo – quatro milhões em homens e um milhão em mulheres.

Pessoas que trabalham onde é permitido fumar, ao final do dia, poderão ter respirado o equivalente a dez cigarros, o que aumenta em cerca de duas vezes o risco de infarto do miocárdio e em seis vezes o risco de câncer de pulmão. 

Entre as neoplasias relacionadas ao uso do tabaco, destacam-se os cânceres de pulmão, laringe, cavidade oral, faringe, estômago, fígado, esôfago, pâncreas, bexiga e colo de útero. A dependência dos fumantes e a exposição de não-fumantes à fumaça do cigarro contribuem para aumentar o risco de morbimortalidade por doenças coronarianas, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer. Além disso, aumenta os custos sociais, econômicos e ambientais.

  

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Saiba mais

O que é fumante passivo?

Fumante passivo é a pessoa que não fuma, mas convive no mesmo ambiente com fumante. O tabagismo passivo é a terceira causa de morte evitável no mundo.

Por que o tabagismo passivo faz mal?

O fumante traga 4.700 substâncias e 400 delas são despejadas da ponta do cigarro para o ambiente. No ar, algumas substâncias ficam em concentrações maiores do que na fumaça tragada. Pode ocasionar irritação nos olhos, tosse, problemas alérgicos e dor de cabeça. A fumaça aumenta o risco de câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, infarto do miocárdio, arteriosclerose e asma, além de reduzir a capacidade respiratória. As crianças são as que mais sofrem.

Como evitar?

Um dos métodos mais eficazes para a redução dos riscos à saúde é fumar somente em ambientes abertos. No Brasil, a Lei Federal n° 9.294/06 e o Decreto Federal n° 2.018 proíbem fumar em ambiente fechado ou de uso coletivo. 

Cigarro faz mal até para quem não fuma

Os males do tabagismo passivo vão de irritação nos olhos, tosse, dor de cabeça e aumento dos problemas alérgicos e cardíacos até efeitos de médio e longo prazos. Pesquisas nacionais e internacionais indicam que os fumantes passivos têm um risco 23% maior de desenvolver doença cardiovascular e 30% mais chances de ter câncer de pulmão. Também têm mais propensão à asma, redução da capacidade respiratória, 24% a mais de chances de infarto do miocárdio e maior risco de aterosclerose. 

Crianças expostas à fumaça do tabaco podem desenvolver, quando adultas, doenças cardiovasculares, infecções respiratórias e asma brônquica. Entre as gestantes que fumam há indicadores de que 70% correm o risco de sofrer abordo espontâneo, 30% das crianças podem morrer ao nascer, tendo também o dobro de chances de seus filhos nascerem com baixo peso. 

Durante o aleitamento, a criança recebe nicotina por meio do leite materno. A substância produz intoxicação, podendo ocasionar agitação, vômitos, diarréia e taquicardia, principalmente em mães fumantes de 20 ou mais cigarros por dia.

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