Olimpíada da Língua Portuguesa

Escola Santa Maria prepara alunos para a Olimpíada da Língua Portuguesa

Os alunos da escola rural Santa Maria ll começaram a semana se preparando para a Olimpíada da Língua Portuguesa. Este ano, eles participam do concurso na modalidade Memória e Crônica e para incentivar a produção textual, a instituição levou os estudantes para uma conversa no Cine Teatro Recreio com o geógrafo Claudemir Mesquita, o seringueiro Osmarino Amâncio e a arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Antônia Barbosa.

A Olimpíada da Língua Portuguesa é voltada para estudantes de escolas públicas. Este ano, no Acre, todas as escolas estaduais de Ensino Fundamental II têm o plano de curso de rede dirigido para concurso.

“O desse ano tema é ‘O lugar onde vivo’, então melhor para aluno que ele conheça as informações da geografia e da história do lugar onde ele vive. O objetivo é aproximar os alunos da realidade. É melhor conhecer a história, não somente em sala, mas por alguém que a viveu. Além disso, decidimos procurar o espaço do Cine Teatro para que os alunos pudessem conhecer um espaço público diferente do que eles estão habituados”, explica o gestor da unidade escolar, Aníbal Chavez.

A partir da conversa, os estudantes poderão produzir um texto para a Olimpíada da Língua Portuguesa Foto: Mardilson Gomes

O geógrafo Claudemir Mesquita conta que sua fala abordou as informações básicas do ambiente em que os estudantes estão inseridos. Além disso, eles trataram sobre a poluição do igarapé que existe nas proximidades da escola e de um futuro projeto de arborização do ramal da Castanheira, onde a escola está situada.

“Eu propus esse desafio para que possamos, junto com a escola, olhando para a degradação que há muito tempo ocorre, fazer a arborização do ramal para que eles daqui a dez, quinze anos, possam caminhar numa sombra, em um ambiente saudável, com frutas e se alimentando. Essas ações devem ser feitas hoje para que amanhã eles tenham tudo isso. Isso muda a realidade pedagógica, física, social, enfim, o contexto e o texto será outro no futuro”.

Para o seringueiro Osmarino Amâncio, conversar com os alunos é uma oportunidade para contar suas vivências. “Eu fico muito feliz porque eu sei que alguns dessa juventude, assim como alguns seringueiros se levantaram contra destruição da floresta, e tivemos conquista, vão em busca de defender uma educação de qualidade e a vida em todos os seus sentidos”.

A representante do IPHAN, Antônia Barbosa, enfatiza a importância de divulgar entre os estudantes o patrimônio arqueológico que existe no estado.  “Passar esse conhecimento os alunos sobre o riquíssimo patrimônio arqueológico, material e imaterial do estado do Acre é muito importante, porque só mediante ao conhecimento desse patrimônio, é que eles vão poder preservar, vão poder estudar e vão poder produzir alguma coisa para as futuras gerações”.

Mãos à obra

O estudante Caio dos Santos está decidido a escrever um texto sobre poluição Foto: Mardilson Gomes

Depois da conversa, os estudantes poderão produzir os textos para a olimpíada. “Achei interessante quando aquele homem que mora no seringal falou sobre como é importante preservar a reserva. Ainda estou pensando sobre o que vou escrever, acho que vou escrever sobre o seu Osmarino. Futuramente, se eu for professor, eu vou saber dizer como é importante preservar, que a nossa floresta é muito importante para a nossa vida”, conta o pequeno estudante de 11 anos do sexto ano, Gabriel Oliveira.

Já seu colega de classe, Caio dos Santos, pensa em produzir um texto sobre a poluição. “Ensinou bastante sobre a poluição, ainda mais sobre os rios que estão em perigo. E aqui no Acre, eu não tinha percebido que tinha tantas fontes históricas”.