Estudantes participam de apresentação sobre mudanças climáticas no Viver Ciência

De que forma nós poderíamos diminuir o efeito das mudanças climáticas? Essa foi a pergunta feita pela equipe do Instituto de Mudanças climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) aos participantes do Papo Jovem, nesta quarta-feira, 30, no Viver Ciência. Assim que cada um entrava, já recebia uma tarjeta para escrever sua resposta, exposta em um painel.

De acordo com a assessora técnica do Departamento de Monitoramento do IMC, Isadora Nogueira, falar sobre mudanças climáticas não é uma tarefa fácil. Por isso, a dinâmica de apresentação no Papo Jovem foi pensada de uma maneira diferente.

“Essa roda de conversa foi elaborada de forma que possamos orientar o público jovem multidisciplinar na compreensão das causas, dinâmicas e os impactos da mudança climática, por meio de uma abordagem participativa e descontraída. Precisamos mostrar aos jovens como eles podem, junto às suas comunidades, reagir à ameaça da mudança climática e desempenhar um papel na redução de sua dimensão e gravidade”, enfatizou Isadora.

Isadora: “Precisamos mostrar aos jovens como eles podem, junto às suas comunidades, reagir à ameaça das mudanças climáticas” Foto: Alexandre Noronha

Durante o evento, a equipe do IMC exibiu duas apresentações: uma animação sobre o ciclo do carbono, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e outra explicando sobre a floresta e o clima, do instituto.

Micael Silva Pires de Oliveira é estudante do ensino médio e gostou do que foi apresentado pela equipe do IMC. “Esse tipo de apresentação é importante para termos noção do que está acontecendo e melhorar o meio ambiente que, muitas vezes, não damos valor como os rios que estão poluídos, por exemplo. Isso é culpa da gente mesmo”, disse Micael.

Quem também gostou da iniciativa foi Jéssica Santos de Souza: “Esse é um assunto muito retratado nesse momento em que estamos vivendo. Saber como ocorrem as mudanças climáticas e suas consequências é muito importante. As pessoas pensam que não, mas ainda existem queimadas que causam muitas doenças e prejudicam o meio ambiente”, explicou Jéssica.

A experiência foi melhor ainda para a estudante Natália da Silva Jofre, de 16 anos. Ela já decidiu que vai ser professora de Geografia e vê que o meio ambiente influencia muito na vida das pessoas. “O clima faz parte de nós e tem influência tanto na qualidade de vida quanto no funcionamento de uma sociedade inteira. O calor que sentimos tanto, por exemplo, é consequência do efeito estufa”, explicou a estudante.

Jéssica: “Saber como ocorrem as mudanças climáticas e suas consequências é muito importante” Foto: Alexandre Noronha

“Esse é um exercício gratificante: difundir o nosso trabalho de forma que todas as pessoas possam estar cientes do que são mudanças climáticas, seus efeitos e, principalmente, o que o nosso Estado, por meio do IMC e com políticas públicas, tem contribuído de forma global para melhorar esse contexto”, explicou o assessor técnico do Departamento de Monitoramento do IMC, Elionardo Barroso.

Troca de conhecimentos, estímulo à criatividade, valorização da experimentação, da ação investigativa, da atividade inovadora, de trabalhos interdisciplinares e da promoção da iniciação científica. Esses foram os objetivos do IMC, segundo o Chefe do Departamento de Monitoramento do Instituto, Charles Henderson.

“Através do ensino da conservação das florestas e produção com sabedoria, esperamos contribuir com os aprendizados, ajudar a proteger o clima global e despertar a vocação produtiva de baixas emissões para os futuros provedores de serviços ambientais”, salientou Henderson.

O presidente do IMC, professor Carlito Cavalcanti, acredita que o objetivo do instituto, no Viver Ciência, foi atingido. “Nós mostramos que temos condições de manter a floresta em pé, uma questão crucial, e, ao mesmo tempo, gerar riqueza. Aliás, gerando renda, emprego, dando oportunidade de crescimento para a economia acreana, nós vamos conseguir ter mais experiências. As crianças, os jovens aprendem, desde cedo, o amor pela natureza na escola e nós quisemos reforçar isso, dizendo que é possível construir uma sociedade mais justa, mais igualitária que cuide de seus problemas, inclusive, e fortemente, da natureza”, enfatizou Carlito.

Elionardo: “Difundir o nosso trabalho de forma que todas as pessoas possam estar cientes do que são mudanças climáticas é um exercício gratificante” Foto: Alexandre Noronha

Viver Ciência

A participação do IMC ocorreu na programação da Semana Estadual de Ciência e Tecnologia (SECT), com realização do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) e da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) e diversos parceiros.

A SECT 2019 e a Mostra Viver Ciência conta com oficinas, minicursos, palestras, contação de histórias, exposição de projetos de investigação, apresentações culturais e sessões nos planetários, além da exposição de diversas atividades das instituições parceiras, relacionadas à ciência e tecnologia, até o dia 31, no Parque de Exposições.

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