Governo do Estado amplia áreas mecanizadas

Ação ajuda produtores familiares a produzir mais e em menor tempo

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Rafael Rutemberg Alves chegou ao Acre há 12 anos, vindo do Estado do Espírito Santo, e se instalou no ramal São João, distante sete quilômetros de Manoel Urbano. Na enxada conseguiu, juntamente com quatro filhos, plantar 15 hectares de café do tipo conillon (Fotos: Sérgio Vale/Secom)

Rafael Rutemberg Alves chegou ao Acre há 12 anos, vindo do Estado do Espírito Santo, e se instalou no ramal São João, distante sete quilômetros de Manoel Urbano. Na enxada conseguiu, juntamente com quatro filhos, plantar 15 hectares de café do tipo conillon. Da sacada da sua residência, acompanha os trabalhos de mecanização que estão sendo desenvolvidos para os produtores da região com recursos do Fundo Amazônia e se impressiona com a rapidez das máquinas, que em poucas horas fazem o trabalho que ele demorou uma década para realizar.

“É a primeira vez que vejo o governador visitar a casa de um produtor. Eu sei que na cidade há muitos problemas para resolver e a gente acaba ficando para depois. Mas aqui no Acre a gente tem vez”, desabafou Rafael Alves ao receber o governador Tião Viana durante uma visita as áreas beneficiadas pelo Fundo Amazônia na última sexta-feira, 28.

Os recursos, não-reembolsáveis, foram aprovados pelo BNDES para o projeto Valorização do Ativo Ambiental Florestal. O objetivo da iniciativa, com duração de 36 meses, é fortalecer e ampliar a atual política pública estadual de valorização do ativo ambiental por meio da gestão territorial integrada, de ações de fomento às cadeias produtivas florestais e agroflorestais e de incentivo técnico e financeiro aos serviços ambientais.

Como é comum na zona rural, os filhos dos produtores constituem família e a propriedade vai sendo recortada. No caso da família de Rafael Alves não é diferente, e cada um vai receber dois hectares de destoca e gradagem. “Vamos continuar investindo no plantio de café”, afirma o filho mais velho, Edmar Santos Alves.

O cultivo de café conilon na região é algo relativamente novo. No ramal São João são 12 famílias que investem nessa cultura. Mas é a principal atividade econômica. Na ultima safra, Rafael Alves comercializou as 700 sacas que colheu a R$ 80, alcançando R$ 56 mil.

Segundo o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques, além da mecanização para melhorar a produtividade, os produtores familiares beneficiados pelas ações do Fundo Amazônia recebem também assistência técnica.

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O cultivo de café conilon na região é algo relativamente novo. No ramal São João são 12 famílias que investem nessa cultura (Foto: Sérgio Vale/Secom)

"Vamos agora apoiar essas famílias também no melhoramento genético da variedade de café conillon, a fim de agregar mais valor à produção", afirmou Lourival Marques, acrescentando que vai buscar esse apoio na Embrapa. Hoje a produtividade de Rafael Alves é de 17,5 sacas por hectares, quando a média deveria ser de 25 sacas.

"Com a mecanização e assistência técnica essa etapa também será vencida", acredita Lourival Marques. A Seaprof desenvolve ações de fomento às cadeias produtivas florestais e agroflorestais para a redução do desmatamento e de incentivos aos serviços ambientais em duas áreas definidas como prioritárias pelo governo, que são as áreas que sofrem influência direta das obras da rodovia BR-364 – que liga a capital, Rio Branco, à cidade de Cruzeiro do Sul -, que beneficiará aproximadamente 12 mil pessoas.

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