Governo do Estado inicia atividades produtivas financiadas pelo Fundo Amazônia

Serão beneficiadas três mil famílias produtoras rurais

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A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) deu início no último sábado, 17, em Manoel Urbano, às ações financiadas pelo Fundo Amazônia (Foto: Assessoria Seaprof)

A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) deu início no último sábado, 17, em Manoel Urbano, às ações financiadas pelo Fundo Amazônia. Com duração de três anos, o programa irá beneficiar 2.080 famílias, com a recuperação e incremento de 4.160 hectares destinados à produção sustentável. A Secretaria Estadual de Florestas (SEF) beneficiará outras 920 famílias com ações de manejo florestal de uso múltiplo.

Com atividades previstas para acontecer nos municípios de Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó e Tarauacá, o Fundo Amazônia, gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), visa promover projetos para a prevenção e o combate ao desmatamento e também para a conservação e o uso sustentável das florestas no bioma amazônico.

O governo do Estado aprovou o projeto junto ao banco para fortalecer o Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal às margens da BR-364, que incentiva práticas sustentáveis e redução do desmatamento e efetua pagamento por serviços ambientais, envolvendo famílias de produtores rurais.

Os recursos serão de R$ 60 milhões, para execução em três anos. Desse total, mais da metade será coordenada pela Seaprof e Secretaria de Floresta (SEF), que têm a função de fomentar as atividades de implantação de roçados sustentáveis, sistemas agroflorestais e manejo florestal, bem como efetuar os pagamentos de bônus às famílias incluídas no Programa de Certificação das unidades produtivas e prestar assistência técnica e extensão rural.

Essas atividades e seus subcomponentes dizem respeito à geração de renda, a partir da reincorporação de áreas alteradas e uso racional dos recursos florestais.

O Instituto de Terras do Acre, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Floresta, Instituto de Meio Ambiente do Acre e a Secretaria de Planejamento são instituições parceiras para executar atividades complementares de monitoramento da gestão socioambiental, regularização fundiária e implementação de outras atividades produtivas sustentáveis.

O governo do Estado tem procurado ampliar as ações de desenvolvimento sustentável. Para isso, conta com vários parceiros, como o SKY Inglaterra, que está contribuindo com o pagamento de bônus; o Banco Mundial, através do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (Proacre), que apoia comunidades através dos Planos de Desenvolvimento Comunitários (PDC); o próprio governo federal, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que contribui com assistência técnica e fomento; e o Programa de Aquisição de Alimentos, entre outras iniciativas de desenvolvimento agroflorestal.

“Estamos iniciando um serviço que irá impactar positivamente na vida dos produtores familiares. Buscamos consolidar as bases da sustentabilidade que permitirá às futuras gerações agregar produtividade com a preservação da floresta”, afirmou Clovis Alves, diretor executivo da Seaprof.

Outra atividade que vem aliada às ações produtivas é a descentralização do acompanhamento técnico, através da contratação da Rede de ATER. Com o Fundo Amazônia, está sendo lançada nos próximos dias a segunda chamada pública para contratação de instituições que possam somar esforços na execução das atividades produtivas, organização comunitária, programa de aquisição de alimentos, certificação e outras iniciativas de políticas públicas complementares às ações na BR-364.

O primeiro certame já  se encontra no estágio de avaliação das propostas, e tão logo essa fase seja superada, as empresas serão contratadas para assessorar 1.300 famílias da primeira fase, e com o segundo edital mais 780 famílias serão assistidas.

“Esses recursos não são reembolsáveis. Todos os empreendimentos serão no sentido de gerar renda e, ao mesmo tempo, conservar a floresta. O Estado do Acre está sendo financiado porque possui uma forte política de valorização da floresta, de conservação dos recursos naturais e tem incluído as famílias de produtores rurais no processo de desenvolvimento sustentável”, disse Lourival Marques.

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