Governo Federal amplia Bolsa Família

No Acre, 1.223 famílias passarão a fazer parte do programa. Com a mudança, poderão receber os recursos famílias de renda de até R$ 137 por pessoa

A parcela da população que poderá receber o pagamento de benefícios do programa Bolsa Família vai aumentar. Hoje o repasse é concedido para famílias consideradas extremamente pobres que recebem até R$ 60 mensais por pessoa, e as classificadas como pobres, cuja renda varia de R$ 60,01 a R$ 120 mensais per capita. Com a mudança, poderão receber os recursos famílias de renda de até R$ 137 por pessoa. No Acre, 1.223 famílias passarão a fazer parte do programa.

Segundo a gerente de reintegração social do Estado, Solange Xavier, as famílias beneficiadas no Acre vão passar de 78.186 para 79.409. “As famílias que terão direito ao benefício já estão cadastradas pelo governo e se situam na chamada faixa de aguardo”, explicou.

O Programa Bolsa Família foi criado pelo Presidente Lula para apoiar as famílias mais pobres e garantir a elas o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde. O programa visa a inclusão social dessa faixa da população brasileira, por meio da transferência de renda e da garantia de acesso a serviços essenciais.

O acordo para aumentar o número de beneficiários foi firmado durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e com ministros e técnicos da equipe econômica e leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e estudos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Ao longo do ano, serão beneficiadas 1,3 milhão de novas famílias, sendo que, pela estimativa do governo, 300 mil já em maio, 500 mil em agosto e 500 mil em outubro. Todas as famílias com a faixa de renda compatível já estão no cadastro único do governo federal.

Atualmente os repasses do benefício variável são de R$ 20 pagos às famílias que tenham crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. Cada família pode receber até três benefícios dessa categoria, totalizando R$ 60. O Ministério do Desenvolvimento Social prevê impacto de R$ 549 milhões em 2009, o que corresponderá à elevação do orçamento do programa de R$ 11,4 bilhões para R$ 11,9 bilhões este ano.