Governo incentiva a apicultura no Estado

Custo-benefício para criação de abelhas é vantajoso aos produtores familiares

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Uma das grandes vantagens para criar abelhas é o baixo custo para iniciar a atividade (Assessoria Seaprof)

Técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) estiveram nesta terça-feira, 11, na propriedade do apicultor Guilherme Silva, residente no Polo Agroflorestal Benfica, distante 18 quilômetros de Rio Branco.

Com 77 anos, o apicultor iniciou a criação na década de 80, e ainda encontra-se motivado para retomar a atividade. "Estou muito feliz em voltar a produzir mel de abelha. Essa colheita servirá para consumo de toda a família e também para atender encomenda de alguns amigos, o que me renderá um recurso a mais. Estou planejando investir também no meu apiário", disse Silva.

Uma das grandes vantagens para criar abelhas é o baixo custo para iniciar a atividade. A princípio é necessário contar com uma pastagem apícola, que pode ser um pomar e solicitar aos técnicos da Seção de Manejo de Fauna da Seaprof um curso de capacitação. Durante o treinamento os produtores são instruídos desde a teoria até a confecção das colméias, implantação do apiário, captura dos enxames e extração do mel.

A colheita do mel é feita, em média, após seis meses do início da criação, podendo variar de acordo com a florada. No que diz respeito a comercialização, o mel e seus sub-componentes, como própolis e a cera, são bastante apreciados e têm mercado garantido. Isso pode ser comprovado em virtude da grande procura da iguaria e o consumo de mel, vindo de outros Estados.

Atualmente a Seaprof tem cadastrado 50 criadores, oriundos de Rio Branco e adjacências. "Se sabe que nos seringais e nas Terras Indígenas, a criação de abelhas sem ferrão é bastante difundida. Podemos citar, como por exemplo, a criação de abelhas na Terra Indígena do Rio Humaitá, em Tarauacá, onde a Seaprof capacitou os indígenas em curso ministrado pelo pesquisador e professor da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Paulo Nogueira Neto," ressaltou Edna Costa, Chefe da Seção de Manejo de Fauna Silvestre da Seaprof.

Com apoio do governo do Estado, já foram realizadas algumas reuniões com os criadores, com intuito de reestruturar a associação dos apicultores do Acre (Apiacre). "Acreditamos que a criação de abelhas tem grande potencial para se desenvolver no Estado. Será mais uma alternativa de diversificação e de renda que estaremos oferecendo aos produtores e indígenas do Estado", afirmou Clovis Melo, Diretor Executivo.

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