Ministério da Justiça prioriza o Acre na implantação do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras

Objetivo do programa federal em parceria com o governo acreano é fortalecer a prevenção, controle e repressão aos crimes transfronteiriços

O Acre foi o primeiro estado da região Norte do país contemplado com a implantação do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras, o Vigia. A solenidade que marcou o início das ações de combate ao crime organizado, crimes violentos e corrupção foi realizada na tarde desta segunda-feira, 18, no 6º Batalhão da Polícia Militar, em Cruzeiro do Sul.

O programa do governo federal tem como objetivo fortalecer a prevenção, o controle aduaneiro, bem como a repressão de ilícitos nos estados que fazem fronteiras com os países sul-americanos. Os profissionais capacitados constituirão as unidades especializadas nas instituições de Segurança Pública, defesa, inteligência, fiscalização e controle de toda a região de fronteira do Estado.

Acre foi o primeiro estado da região Norte a receber o Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O lançamento no município localizado no extremo oeste brasileiro é estratégico. A região faz fronteira com o Peru, país conhecido internacionalmente pela produção de cocaína. As dificuldades geográficas somadas a repressão ineficiente consolidaram uma complexa rota que envolve o transporte de entorpecentes pelos rios e a própria selva amazônica.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, lembrou em seu discurso de sua trajetória no forte combate à corrupção. Sobre o programa Vigia, Moro explicou que a iniciativa surge para ampliar e aperfeiçoar o controle das fronteiras do Brasil.

Ministro Sérgio Moro durante implantação do programa Vigia, em Cruzeiro do Sul (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“Esse é um programa fundado na ideia da integração e o que tem sido feito é a capacitação e fornecimento de equipamentos para que haja uma intensificação nas ações do controle de fronteira. Esse é um programa permanente e fizemos uma parceria com o governo do estado para que possamos avançar nesta área e acredito que teremos bons resultados em breve”, explicou Moro.

Por meio de ações integradas, obtenção de modernos equipamentos, capacitações e bases operacionais com integração de sistemas, o objetivo do programa Vigia é defender o país da entrada ilegal de armas, drogas e produtos contrabandeados.

A proteção da fronteira acreana é uma política de Estado e mais um compromisso firmado por Gladson Cameli perante a população. O governador lembrou que o Acre possui extensa área limítrofe de difícil acesso com Bolívia e Peru, dois dos maiores países produtores de cocaína do mundo. O chefe do Executivo destacou que a partir da implantação do programa Vigia será possível fortalecer a fiscalização e combate aos crimes transfronteiriços.

Proteção das fronteiras foi um compromisso firmado pelo governador Gladson Cameli com a população acreana (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“É com muito orgulho que participo do lançamento deste programa do Ministério da Justiça. O Acre tem uma fronteira muito grande, da qual a maior parcela é coberta de floresta e rios, sem rodovias. Desse modo, um sistema de monitoramento de fronteiras, que busca blindar a entrada de armas, drogas e produtos contrabandeados em nosso território, é de extrema importância para o nosso estado”, frisou.

Ainda durante sua fala, Cameli fez questão de agradecer a atenção que o governo do presidente Jair Bolsonaro vem prestando ao povo acreano. “Vivemos um novo tempo, em que visivelmente vemos o governo federal empregando esforços para que o estado do Acre possa se equipar e suas polícias terem as condições ideais para enfrentar a criminalidade”, afirmou.

O secretário nacional de Segurança Pública (Senasp), Guilherme Theophilo, destacou durante sua fala o empenho e rapidez do governo acreano nos trâmites para a implantação do Grupamento Especial de Fronteira (Gefron). Segundo o gestor, a determinação de Gladson Cameli foi fundamental para a implantação do programa Vigia no estado.

O evento contou ainda com a participação do vice-governador Major Rocha, do secretário de Estado da Casa Civil, José Ribamar Trindade, do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cezar Rocha dos Santos, do comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Ulysses Araújo, do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Batista, do prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, da senadora Mailza Gomes, do senador Marcio Bittar, do senador Sérgio Petecão e do deputado federal Alan Rick.

Inauguração da base do Gefron em Cruzeiro do Sul

Como parte da agenda, o governador Gladson Cameli e o ministro Sérgio Moro inauguraram oficialmente as instalações do Grupamento Especial de Fronteira (Gefron) em Cruzeiro do Sul. A unidade fica localizada nas dependências do batalhão da Polícia Militar do município.

A criação do policiamento especializado no combate aos crimes transfronteiriços é uma experiência inédita na região Norte e é mais um compromisso cumprido pelo governo Gladson Cameli com a população acreana.

Em pouco mais de um mês de atuação, o Gefron já apresenta resultados positivos no combate ao tráfico de drogas e produtos contrabandeados. Com a parceria por meio do programa Vigia será possível ampliar ainda mais a repressão aos mais diversos crimes.

Resultados do programa Vigia

Em seis meses de atuação do Vigia, já foram apreendidas 3,6 toneladas de drogas, 18,7 milhões maços de cigarro contrabandeado, 145 veículos e 50 embarcações nas fronteiras do Paraná, primeiro estado do país contemplado com o Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras.

Desde abril deste ano, a ação evitou prejuízos superior a R$ 76 milhões aos cofres públicos ao evitar a entrada de mercadorias contrabandeadas e drogas em território nacional. O reforço nas fronteiras com a Operação Hórus também coibiu que criminosos faturassem R$ 3 bilhões de reais com a venda dos produtos ilícitos.

No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, já foram apreendidas cerca de 14 toneladas de drogas, sendo 861 quilos de cocaína, 13 toneladas de maconha e 21 quilos de crack, 20 milhões e meio de maços de cigarros, 201 veículos, entre carros, caminhões e motos, e 62 embarcações usadas para contrabando. Foram presas 153 pessoas.

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