“No Acre estão as bases para um novo Brasil”, afirma ex-presidente do Ipea

Tião Viana falou sobre o caminho de sua gestão, baseado no desenvolvimento sustentável (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O governador Tião Viana juntou sua equipe em uma reunião de balanço das ações de sua gestão e também de alinhamento para os projetos em execução. Foi feito ainda uma apresentação dos resultados da participação do Acre na Conferência do Clima (COP23), na Alemanha, neste mês.

O grupo se reuniu na Biblioteca Pública, nesta quarta-feira, 29. As apresentações dos gestores mostrou dados que credenciam o estado como um exemplo de desenvolvimento sustentável, com base econômica diversificada, inclusão social e avanços na educação.

Pode ser citado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Acre, que no ano 2000 era de 0,517 (baixo) e já em 2014 passou para 0,719 (alto), segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A apresentação contou com a presença de Márcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “No Acre estão as bases para um novo Brasil. Essa visão precisa contaminar o país”, disse ele. “O que estamos vendo aqui, e pela experiência que conhecemos do Acre, é que aqui temos um norte para o país.”

O governador ratificou que o país precisa ter uma atenção para região norte e para o Acre. “O Brasil precisa se libertar com a ousadia de olhar para políticas de inclusão, de renda, de consumo, para redução de juros, para crédito. Aqui no Acre, dizemos que não nos rendemos ao pessimismo, estamos de cabeça erguida, buscando melhorar todos os dias a vida do povo do nosso estado. Acreditamos no futuro do nosso país”, afirmou.

Pochmann falou da experiência do Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Panorama de equilíbrio

Os dados apresentados e os projetos de governos discutidos durante o encontro, demonstram que há um equilíbrio econômico no estado. O Acre, por exemplo, em 1999 dependia 83% de repasses do governo federal, com o trabalho realizado, sua economia reduziu em 13% essa dependência, passando a 61% em 2017.

Com este cenário, o governo do estado tem realizado políticas públicas que diversificam a produção agrícola, fortalecem o extrativismo florestal e fazem surgir um setor industrial focado no setor de alimentos.

Entre 2011 e 2016 o governo investiu mais de R$ 3,8 bilhões nas mais diversas áreas, o resultado disso pode ser visto na evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do Acre, que teve o 4º maior crescimento entre os estados brasileiros nos últimos 12 anos, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto a economia se fortalece, o meio ambiente local é conservado e se torna a principal fonte de renda para diversas famílias, mostrando que é possível conservar e desenvolver. Também nos últimos 13 anos, o Acre reduziu seu desmatamento em 66%.

Foi apresentado também como a educação tem feito parte dessa evolução acreana. Com informações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), foi explicado que o Acre tem uma dos melhores resultados no ensino fundamental e médio da região norte. O Acre passou de um índice de 3,3 no Ideb em 2005 para 5,3 em 2015. Com isso, fica em segundo lugar da região Norte e é o 11º entre todos os estados do país.

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