Exemplo

No Acre, paixão pela arbitragem é herdada pelos filhos

As grandes histórias do esporte geralmente são inspiradas pela paternidade: do pequeno torcedor que herda o time do coração ao jovem jogador que segue os passos do antecessor. Ou mesmo o pai que tem a rara chance de trabalhar ao lado do filho. Na arbitragem acreana dois adolescentes trilham os caminhos dos pais.

Aos 16 anos, o estudante Ruan Rhiler Santos tornou-se o árbitro mais novo da região norte a atuar num campeonato da Federação. A estreia foi no jogo entre Vasco e Humaitá pelo Campeonato Estadual de Futebol Sub-20.

Ruan Santos (com a bola na mão) com 16 anos fez sua estreia como árbitro numa competição federada foto: Neto Lucena/Secom

A paixão pelo apito na vida de Ruan vem de berço. Ele é filho do árbitro Fábio Santos, que faz parte dos quadros da C.B.F e atua há 14 na profissão mais questionada do futebol.

Para o jovem árbitro, o pai foi sua maior inspiração para seguir na carreira. “Sempre gostei de futebol e observava o meu pai apitando, assim surgiu o desejo de trilhar esse”, disse Ruan.

Estudante do 2º ano do ensino médio, o jovem concluiu o curso de arbitragem em 2018. O sonho de Ruan Santos é tornar-se árbitro da Fifa.

Para percorrer esse longo caminho o adolescente conta com o irrestrito apoio do pai. “Eu vejo isso com muito carinho, porque esse é o sonho dele. Eu estou muito feliz com o meu filho seguindo essa profissão”, disse Fábio Santos.

Ruan, segue os passos do pai Fábio Santos na arbitragem foto: Neto Lucena/Secom

Árbitro profissional há quase uma década e meia, Fábio ainda tem um sonho: trabalhar ao lado do filho em uma partida profissional.

Sonho que já foi realizado por outro colega da arbitragem. Aos 17 anos, o estudante Mário Jorge Ferreira Junior já teve a oportunidade de atuar junto com o pai Mario Jorge Ferreira, de 48 anos.

Além dos mesmos nomes, pai e filho desempenham a mesma função. São auxiliares de arbitragem, ou seja, bandeirinhas. “Meu pai foi meu espelho para seguir essa profissão no futebol. Foi acompanhando ele, nos jogos amadores e profissionais, que me apaixonei pela arbitragem”, disse Junior.

Estudante do 2º ano do colégio CEBRB, Mário Jorge Junior, conhecido entre os amigos como Piá, também sonha em chegar aos quadros da Fifa. O pai é o maior exemplo de vida que um filho pode ter e o futebol está cheio dessas histórias, até mesmo na arbitragem.