Povos tradicionais são atendidos pelos pequenos negócios

Capacitação de multiplicadores Kaxinawas para a meliponicultura em suas aldeias em Santa Rosa do Purus (Foto: Arquivo SEPN)
Capacitação de multiplicadores Kaxinawas para a meliponicultura em suas aldeias em Santa Rosa do Purus (Foto: Arquivo SEPN)

O Acre é a unidade da federação com maior diversidade étnica – cerca de 3% de toda a população indígena brasileira vive em território acreano. Por isso, as políticas públicas de inclusão socioprodutiva também alcançam estas comunidades, assim como os pequenos negócios.

O principal empreendimento, que se adapta à rotina das aldeias é a meliponicultura. A retirada do mel é uma atividade que os índios fazem naturalmente, mas a implantação do pequeno negócio é antecedida por uma capacitação sobre o manejo das abelhas e entrega colmeias. Então, o trabalho segue uma metodologia de multiplicação. Em Tarauacá, foram entregues 58 colmeias para os povos tradicionais.

Além do mel, os Kaxinawas de Santa Rosa do Purus e os Yawanawa de Tarauacá foram contemplados com os seguintes pequenos negócios: eletricistas, mecânica de embarcações e roçador. A Cooperativa Agroextrativista Yawanawa recebeu três máquinas de costura, produção que está sendo aprimorada para a patenteação da marca dos produtos desenvolvidos pelo grupo.

O Programa Estadual de Feiras Regionais também beneficia algumas etnias, que praticam a economia solidária, pois possuem a atividade de artesanato organizada em cooperativas. Como a  Associação dos Produtores, Criadores Kaxinawa da Praia do Carapanã (Askpa) de Tarauacá, que encontra nas feiras o consumidor final de sua arte.

O próximo pequeno negócio a contemplar povos indígenas será uma horta para Aldeia Mutum da Terra Indígena Yawanawa do Rio Gregório, em Tarauacá. O empreendimento beneficiará as 60 famílias que residem na localidade e atenderá o objetivo de apoiar o etnoturismo, na qual o cultivo de hortaliças será uma alternativa para a nutrição dos turistas.

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