Prêmio Acreano de Educação das Relações Étnico-raciais é realizado no Acre

O prêmio é uma iniciativa do Fórum Permanente de Educação Étnico-racial do Acre, por meio de suas instituições, realizado na manhã de terça-feira, 19, na Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), com o intuito de reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas de educação básica que contribuem para a promoção de igualdade racial nas escolas acreanas.

O fórum tem como objetivos identificar ações de promoção de igualdade racial nas escolas acreanas, reconhecer o trabalho de profissionais de educação que combatam o racismo a partir de suas práticas pedagógicas, dar visibilidade aos trabalhos que estejam contribuindo para a Lei 11.645/2008, estimular a reflexão da necessidade de incorporar o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica, além de divulgar práticas de enfrentamento ao racismo produzido no ambiente escolar.

 

Vencedora da Categoria Educação Infantil – Creche Sagrado Coração de Maria. Foto: Mardilson Gomes/Ascom SEE

“A equipe do fórum não tem medido esforços para somar com a SEE estratégias e caminhos para que possamos cada vez mais fazer um bom debate, promover e alcançar o que esperamos. Quando trazemos essas temáticas à tona e levamos para dentro das nossas unidades, vimos a necessidade de intensificar e fazer de forma mais concreta”, enfatizou a diretora de ensino da SEE, professora Denise dos Santos.

O prêmio foi aberto para todas as etapas e modalidades de ensino interessadas em concorrer, desde a educação infantil (creche e pré-escolar) até o ensino médio, bem como Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Foram premiadas e certificadas pelo Fórum as seguintes escolas de Rio Branco: na modalidade educação infantil, a creche Sagrado Coração de Maria; na modalidade ensino fundamental I, o Colégio de Aplicação e a escola Natalino da Silveira Brito.

Categoria ensino fundamental I – Colégio de Aplicação. Foto: Mardilson Gomes/Ascom SEE

“Espero que este prêmio tenha próximas edições e que tenhamos uma participação ainda maior das nossas escolas do município, tendo em vista que esse prêmio acontece para premiar as escolas pelo trabalho realizado em anos anteriores. Durante este ano, tivemos um trabalho mais efetivo junto às escolas municipais, considerando todo o trabalho de formação continuada e grupo de estudos que realizamos pontualmente nas escolas, por isso esperamos um número maior de escolas participando”, declarou a professora Minéia Spoltore, coordenadora da Educação Étnico-racial da SEME, representando o secretário municipal de Educação, Moisés Diniz.

A Creche Sagrado Coração de Maria desenvolveu o projeto de ensino “A beleza da cor“, com a professora Joana Marques de Lima, e este é o segundo ano consecutivo que a escola ganha o prêmio na categoria educação infantil. O Colégio de Aplicação trabalhou o projeto de ensino “O valor humano para além da aparência”, e a educadora responsável pelo projeto foi a professora Arlete Oliveira. Enquanto a Escola Natalino da Silveira Brito elaborou e executou o projeto “Estratégias de inserção na literatura infantil negra”, com a professora Ângela Maria Albuquerque, que também foi homenageada.

Todos os projetos vencedores foram elaborados e trabalhados no decorrer do ano letivo de 2018, nas respectivas unidades de ensino. As experiências exitosas serão publicadas na revista Em favor da Igualdade Racial, pela editora da Ufac, a Edufac.

Escola Natalino da Silveira Brito, também ensino fundamental I. Foto: Mardilson Gomes/Ascom SEE

“Essa ideia do fórum surgiu depois da implementação da Lei 10.639, em 2003. Durante os anos de 2004 e 2005, foi toda uma iniciativa da Secretaria Nacional de Alfabetização e Diversidade implementar esses fóruns estaduais, como braços do Ministério da Educação, para ver a implementação da lei em todos os estados”, declarou Almerinda Cunha, representante do Fórum Permanente de Educação Étnico-racial do Acre.

Os projetos trabalhados nas escolas têm o papel de promover reflexão sobre a valorização da identidade, conhecer, valorizar e promover atitudes de respeito e cidadania para com a cultura afro-brasileira e indígena, dentro e fora do contexto escolar, para que as crianças possam desenvolver relações mais saudáveis.

 

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