Reeducandas concluem curso de cura interior no presídio feminino

O governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), realizou na tarde desta quinta-feira, 21, o encerramento do curso de cura interior ministrado através do Raabe, projeto da Igreja Universal do Reino de Deus que visa valorizar e dar assistência às mulheres que carregam algum tipo de trauma e sofrem por marcas do passado. O curso foi ministrado para 13 reeducandas do presídio feminino.

Colaboradora do projeto, Bruna Alecrim afirmou que o objetivo é fazer com que a mulher conheça o valor que tem e possa firmar os pés no chão. “O curso busca o autoconhecimento e a correção dos erros repetidos. Aqui a gente encontra esse tipo de pessoa. Por isso trouxemos esse curso para o presídio”, disse.

Os familiares das detentas foram convidados para a solenidade de encerramento e apareceram de surpresa, o que criou uma atmosfera de grande emoção. Fernanda Teixeira da Silva não conteve as lágrimas ao receber o abraço da filha menor e disse que aquele foi um momento de grande mudança de vida.

“Certa vez, me falaram que eu não teria nenhuma oportunidade dentro do presídio e estaria condenada a cumprir minha pena apenas dentro da cela. Mas o diretor me deu essa oportunidade e eu abracei. Eu encerro esse curso com novos pensamentos de que posso, sim, mudar, voltar à sociedade e me tornar uma pessoa diferente”, relatou a reeducanda.

Foto: Iapen/Secom

O diretor da unidade, Marcelo Lopes, afirmou que a assistência espiritual realizada pelas igrejas no presídio tem gerado grandes resultados no que diz respeito ao comportamento e à disciplina, aliados ao anseio pela mudança de vida. “É fundamental o acompanhamento e a integração da igreja, dentro de um ambiente tão pesado. E, ainda, a realização de cursos, tanto espirituais, quanto profissionalizantes, como é o caso de outros cursos proporcionados por eles”, ressaltou.

O pastor Adilson Resende, responsável pela Universal Presídio em Rio Branco, também enfatizou os resultados obtidos. “Essas mulheres têm tomado a decisão de se apegar não a uma religião, mas nós orientamos que elas se apeguem a Deus. Assim, elas vão olhar o próximo com outros olhos. Estamos tentando levá-las a entender que este não é o fim”, concluiu.

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