Tião Viana realiza visita técnica às obras do Museu dos Povos Acreanos

A comitiva apresentou o espaço, que já está 80% concluído, para Itamar Zanin, fundador do Colégio Meta (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Na manhã do último domingo, 30, o governador Tião Viana, acompanhado da família e de sua equipe de governo, realizou visita técnica às obras do Museu dos Povos Acreanos. A comitiva apresentou o espaço, que já está 80% concluído, para Itamar Zanin, fundador do Colégio Meta, que funcionou no local por quase 30 anos.

Itamar, com sua experiência de professor e diretor, se emocionou ao percorrer o local onde trabalhou por décadas e que hoje se transforma em uma homenagem à diversidade cultural do Acre. “Por aqui passaram tantas pessoas, que fizeram história e precisam ser preservados com muito carinho e cuidado, apesar de que algumas pessoas tenham desdenhado deste projeto. Temos que preservar nossa história, nossos antepassados, pois o conhecimento vem por meio dessa cultura de ensino, de livros e espaços como este, isto não pode ser tolhido”, declarou.

O imóvel, construído na década de 1960, sediou o Colégio dos Padres e, logo depois, o Colégio Meta. Em desuso, a edificação, protegida pela lei 1294/99, do Fundo de Pesquisa e Preservação do Patrimônio Cultural do Acre, foi desapropriada em 2016 para ser transformada no Museu dos Povos Acreanos.

O projeto de concepção do Museu foi elaborado como parte da política de preservação do patrimônio material e imaterial, considerando a necessidade de oferecer um espaço onde a identidade acreana possa ser conhecida, percorrida, sentida e apreendida, numa visão ampla, com a oferta de saberes e conhecimentos, apresentados por meio de ferramentas tecnológicas.

Todo o projeto para instalação do museu – desde a construção até a compra de equipamentos tecnológicos interativos – apresenta valor estimado de investimentos na ordem de R$ 34 milhões. A execução da obra é complexa, pois parte do prédio está sendo restaurada por equipes especializadas, preservando o aspecto original de sua construção.

Revitalização e ressignificação

A instalação do Museu no antigo Colégio Meta carrega um significado simbólico por tratar-se da revitalização e ressignificação de um espaço que já estabeleceu relações afetivas e históricas muito relevantes com a população rio-branquense. E o prédio continuará exercendo um papel importante de centro formador de educação, sediando um equipamento museal construído para suscitar novas experiências educacionais e culturais, que tangenciam o processo pedagógico contemporâneo.

As ferramentas tecnológicas serão acessíveis e inclusivas, permitindo que o diálogo e a interação com o visitante ocorra de forma imediata, sensorial e poética.

Sobre o projeto

O projeto está baseado no conceito de “retrofit”, ou seja, renovação com a manutenção das características originais, mantendo alguns elementos arquitetônicos da edificação antiga (esquadrias, pisos e características estruturais).

O pavimento térreo abrigará: Ayahuasca; Acreanidade; Linha do Tempo I – Frei André Ficarelli; Auditório; Florestania; Educativo I – Atelier de Desenho; Educativo II – Sustentabilidade Fitness; Galeria de Exposições Temporárias; Modos de Viver; Bilheteria; Foyer e Átrio.

Já o superior terá a Midiateca (mapa digital), Movimentos, Insurreições e Revoluções; Povos Acreanos, Geoglífos, A Borracha, Linha do Tempo II – “O Acre” O Empate; Extrativismo: Grãos e Sementes da Vida e Causos, Lendas e Mitos. No último andar terá o Café Terraço.

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