União de Acre, Rondônia e Amazonas pode criar uma nova região de macro desenvolvimento

Na palestra, Paulo Wadt lembrou que os grandes investimentos em infraestrutura que estão sendo feitos no Acre, Rondônia e Amazonas colocam os três estados em uma posição privilegiada para um futuro grandioso e próspero

A aprovação dos projetos e licenciamentos ambientais são importantes garantias dadas pelo governo federal para a tão esperada pavimentação da BR 319, rodovia que ligará, em definitivo, as cidades de Porto Velho(RO) e Manaus(AM). Nesta quinta-feira, 23, o tema foi abordado pelo secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt, em palestra na Rondônia Rural Show, na cidade de Ji-Paraná.

Durante a palestra o secretário destacou que a duplicação da BR 364 será fundamental para assegurar a o escoamento da produção do Acre, sul do Amazonas e de Rondônia, com os estados da região central do Brasil”

“No Acre, o principal gargalo para a ligação em definitivo com o oceano Pacífico já foi garantido pelo governador Gladson Cameli. Trata-se do anel viário de Brasileia e Epitaciolândia. O trecho da BR 317 será desviado da parte urbana e contempla a construção de uma nova e moderna ponte sobre o Rio Acre”, enfatizou o secretário.

Durante a palestra o secretário destacou que a privatização da BR 364 será fundamental para assegurar a duplicação da rodovia entre a capital rondoniense e o município de Vilhena(RO). (Fotos: Odair Leal/Secom)

Paulo Wadt ainda destacou que o Acre possui papel central neste processo pela sua posição privilegiada. O estado é a porta de entrada do Brasil por meio do Oceano Pacífico.

O secretário disse que o sucesso econômico só será alcançado por meio da união entre os Estados. “Se cada Estado ficar com a mentalidade de pensar em si e não abrir mão em prol do desenvolvimento como um todo, a tendência é que todos continuem a perder. Temos que pensar macro e dessa forma, todos irão mais longe”, pontuou.

R$ 2 bilhões em Investimentos equivocados levaram empreendimentos ao fracasso

Segundo Wadt, a interferência de gestões passadas na economia contribuíram para o fracassos de vários empreendimentos construídos nos últimos anos. Foram cerca de R$ 2 bilhões investidos de maneira confusa. Grande parte desses recursos foram financiados pelo governo e estão sendo pagos pelo contribuinte acreano.

“A estagnação da economia é tão forte que ainda não conseguimos mensurar o prejuízo que esses investimentos errados trouxeram para o Acre”, explicou.

O gestor citou o  complexo de piscicultura Peixes da Amazônia. A empresa de capital público-privado está em recuperação judicial e o produtor local desacreditado com o futuro incerto da criação de peixe em cativeiro.

Com a nova mentalidade de desenvolvimento socioeconômico adotada pelo atual governo, medidas já estão sendo tomadas para reverter a situação em que se encontra a Peixes da Amazônia.

O secretário disse ainda que empresários rondonienses demonstram interesse em processar o pescado no Acre e depois exportar o produto para o Peru. “Apesar de Rondônia ser o maior produtor nacional de peixe nativo em cativeiro, o Estado vizinho é carente de indústrias processadoras”, comentou.

No âmbito que compete ao poder público, os governos do Acre e Rondônia demonstram que estão unidos em prol do progresso econômico ao tratar da desoneração fiscal do pescado entre os dois estados. É um grande passo para que outros medidas sejam efetivadas no futuro.

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