Acreanas se reúnem para debater a participação feminina na Rio+20

Foram discutidos entre outros assuntos os avanços e desafios do Acre na elaboração e execução de políticas públicas sustentáveis (Foto: Maria Meirelles/SEPMulheres)
Foram discutidos entre outros assuntos os avanços e desafios do Acre na elaboração e execução de políticas públicas sustentáveis (Foto: Maria Meirelles/SEPMulheres)

Foram discutidos entre outros assuntos os avanços e desafios do Acre na elaboração e execução de políticas públicas sustentáveis (Foto: Maria Meirelles/SEPMulheres)

A Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres (SEPMulheres) realizou na tarde de terça-feira, 5, no auditório da Secretaria de Estado de Educação (SEE), a primeira oficina sobre o Protagonismo Feminino na Construção do Socioambientalismo na Amazônia.

Intitulado “Acre+20”, o evento teve como objetivo contar a história de vários segmentos de mulheres no que diz respeito a sua participação na consolidação das causas ambientais e desenvolver contribuições temáticas que serão levadas posteriormente para a Conferência Rio +20.

Foram discutidos, entre outros assuntos, os avanços e desafios do Acre na elaboração e execução de políticas públicas sustentáveis, resultado de movimentos sociais em defesa da floresta e dos direitos dos povos que nela habitam.

Estiveram presentes a secretária da SEPMulheres, Concita Maia, o secretário de Meio Ambiente (Sema), Edegard de Deus, a secretária de Saúde (Sesacre), Suely Melo, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina, a represente do Instituto de Mudanças Climáticas, Mônica de Los Rios, a coordenadora municipal da Mulher, Rose Scalabrin, a representante das Mulheres Indígenas, Letícia Yawanawá, a coordenadora do Fórum Permanente Étnico racial, Almerinda Cunha, sociedade civil entre outras autoridades.

A representante das Mulheres Indígenas, Letícia Yawanawá, ressaltou a magnitude do evento onde todas as mulheres puderam colaborar com ideias e ações para fortalecer a luta por uma sociedade mais sustentável. “De antemão quero agradecer pelo convite e dizer que eventos como este precisam acontecer mais vezes, onde toda mulher, independentemente de sua cor, religião ou cultura tenha direito a fala, a expor seus pensamentos. Tenho certeza de que nós, mulheres indígenas, somos protagonistas na construção do socioambientalismo, pois temos uma relação de intimidade e respeito com a natureza. A terra é feminina, fértil como nós mulheres. Temos que preservar a nossa floresta. Esta é uma missão que cabe a todos nós”, afirmou Letícia.

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De acordo com a coordenadora do Fórum Permanente Étnico racial, Almerinda Cunha, o segredo é investir em educação e conscientização para que assim as pessoas comecem a mudar seus hábitos e possam aderir práticas de consumo mais saudáveis. “Quem polui hoje, não está pensando nas futuras gerações”, disse Almerinda.

O secretário da Sema, Edegard de Deus, propôs que todos fizessem um minuto de silêncio para que avaliassem suas atitudes diárias e encontrassem soluções que garantam uma maior preservação do meio ambiente. “Quem refletiu neste um minuto de silêncio, se não está fazendo já pensou em algo que possa fazer para melhorar o planeta. Iremos levar para a Rio+20 experiências muito bem sucedidas que estamos desenvolvendo em nosso Estado nesses quatro anos de governo. É importante lembrar que sem as mulheres seria impossível reproduzir a vida. Quero parabenizar a secretária Concita Maia que está sendo protagonista por organizar este tipo de evento social”, afirmou o secretário Edgar de Deus.

Para Concita Maia, a oficina teve como principal foco municiar a bancada feminina que vai participar da Rio+20 acerca de informações e pautas que serão debatidas na Conferência das Nações Unidas. Além de expor para estudantes, autoridades e sociedade a história de vida e luta ambiental de mais de 70 mulheres que participaram ativamente na construção do socioambientalismo na Amazônia.

“O Acre+20, está tendo um papel fundamental para juntar elementos concretos que serão levados para a Rio+20, no que diz respeito ao protagonismo das mulheres do Acre. Este é um momento de construção coletiva, onde as várias mulheres protagonistas tanto da gestão pública quanto da privada e sociedade civil organizada, se reuniram para compartilhar as riqueza de depoimentos de todas as representações de grupos majoritários de mulheres. Tudo isso é o que vai dar a consistência da fala feminina na Conferência da ONU. Temos a responsabilidade de fazer ecoar o que está sendo trabalhado aqui, este é nosso compromisso: levar as várias vozes femininas que estão sendo ouvidas aqui no Acre ao restante do mundo”, concluiu Concita Maia.

Na programação, discussões, debates, painéis e palestras sobre as ações ambientais desenvolvidas por mulheres nas esferas políticas e sociocultural. Ao fim da programação abriu-se uma rodada de conversas com o público para que todos pudessem dar a sua colaboração das temáticas que serão levadas para a Conferência Rio+20.

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