Promover a conscientização e o incentivo à preservação ecológica. Este foi o tema da Exposição Acre no Caminho da Sustentabilidade encerrada nesta terça-feira, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, no Mercado Velho. O evento, com mostra de projetos ambientais e práticas ecologicamente corretas, apresentou as ações das instituições governamentais e das empresas privadas instaladas no Acre dentro da temática de “sustentabilidade”, além de fazer parte das comemorações do Mês do Meio Ambiente.
Durante os três dias da feira foram disponibilizadas diversas atividades sobre o meio ambiente, com a participação de funcionários e alunos das escolas estaduais. Além disso, foi realizado um ciclo de palestras com alunos do Ensino Médio sobre a Rio+20.
“As várias entidades presentes aqui estão mostrando o que é feito no Acre no âmbito de lixo, água, nossas florestas, áreas protegidas e tantos outros pontos”, conta o secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, “A grande mensagem desse evento é: O que eu posso fazer para melhorar o ambiente onde eu vivo, o que eu posso fazer para melhorar o Acre, o mundo? Esse também é o tema da Rio+20”.
Pegada ecológica
O maior destaque da Exposição Acre no Caminho da Sustentabilidade foi a Pegada Ecológica. Um jeito dinâmico e incisiva de mostrar a importância da preservação ambiental, a Pegada Ecológica é um programa de computador desenvolvido por organizações não governamentais ambientalistas que procura medir os impactos do estilo de vida de uma pessoa sobre o meio em que ela vive, contabilizando quantos planetas seriam necessários para mantê-la.
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A jovem estudante Ana Paula Ferreira, da escola Berta Vieira de Andrade, se submeteu ao teste e respondeu perguntas como: quanta carne vermelha ela ingere por semana, além de produtos baseados em leite, quanto gasta de energia, meios de transporte, compras em roupas e aparelhos tecnológicos. No final, ficou impressionada em saber que se todas as pessoas do planeta adotassem seu estilo de vida, seriam necessários 1,2 planetas Terra por ano para sustentar a todos. Ana Paula também descobriu que sua pegada é de 1,9 hectares, ou seja, esse é o espaço necessário no planeta para que ela possa fazer tudo o que faz, sendo o ideal 1,8 por pessoa. “Agora eu vou começar a comer menos carne vermelha, a gente tem que ter essa preocupação ambiental”, revelou a estudante.
Reforçando a educação
Nesta edição da exposição, a Secretaria Estadual de Educação abordou a temática: “Educação de qualidade se faz com respeito ao meio Ambiente”.
Segundo a coordenadora da diretoria de Humanização da SEE, Conceição Mourão, o evento é uma oportunidade para divulgar os trabalhos existentes na instituição nas escolas públicas. “Nossa participação está sendo proveitosa, pois levaremos os trabalhos desenvolvidos dentro do convívio institucional e de quatro escolas, mostrando que a sustentabilidade e a preservação do ambiente praticadas por nós, podem servir de exemplo para a comunidade”, explicou Conceição.
As escolas estão participando do evento com exposições de projetos que foram discutidos em sala de aula, apresentando aos visitantes boas experiências obtidas a partir da execução de projetos inovadores. A Escola de Ensino Fundamental Georgete Kalume participou com uma exposição fotográfica do projeto de sustentabilidade ambiental e produção de brinquedos originados a partir de lixo reciclado. De acordo com a diretora da escola, Nilva Souza, a ocasião permitiu aos visitantes conhecer a educação ambiental no currículo educacional da escola.
“Por meio dessa ação nós mostramos aos nossos alunos que é possível nos unirmos por uma boa causa. Melhorar os ambientes escolares e comunitários é uma prioridade da Georgete Kalume, e a feira é uma oportunidade de mostrar sobre nossos projetos que reúnem a vontade de transformar o ambiente e as práticas dos alunos, além de estimular a consciência social e ambiental”, avaliou Nilva Souza.
Quem também participou da Feira da Sustentabilidade foi a escola de Ensino Rural Rui Azevedo, que expôs na manhã de segunda-feira, 4, projetos desenvolvidos durante o ano letivo e que são modelos para os moradores da zona rural como a “A água que a gente quer” e “O igarapé que queremos”.
